domingo, 20 de fevereiro de 2011

Cisne negro...

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Indicado ao Oscar, ‘Cisne negro’ explora mente de bailarina em crise
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“Eu só queria ser perfeita”, diz a personagem de Natalie Portman a certa altura de “Cisne negro”. A fala resume o conflito psicológico que serve de motor para o filme, um mergulho na mente perturbada de Nina, bailarina em crise vivida por Portman.
Indicado a cinco estatuetas do Oscar, o longa-metragem é dirigido por Darren Aronofsky.
O papel coloca Natalie Portman como favorita ao Oscar de melhor atriz, depois de ser premiada no Globo de Ouro e no Screen Actors Awards. Portman interpreta a doce Nina, membro de uma companhia de balé nova-iorquina que luta pelo papel principal do espetáculo “Lago dos cisnes”.
O papel, porém, tem duas faces: o cisne branco, que é amoroso e delicado, e o negro, que é mau e selvagem. Nina interpreta o primeiro com facilidade, mas para dar conta do cisne negro, terá de explorar traços ocultos de sua própria personalidade. E ela se entrega a essa busca delirante, pressionada pelo diretor da companhia, Thomas (Vincent Cassel), e pela mãe superprotetora (Barbara Hershey) e atormentada pela colega Lilly (Mila Kunis), que parece querer tomar seu lugar a todo instante, e pela bailarina veterana Beth (Winona Ryder), que não se conforma por ter perdido seu posto para a jovem Nina.
Assim, como sua protagonista, Aronofsky busca aqui a perfeição artística, e chega perto. O cineasta faz uso de câmera na mão e imagens refletidas para intensificar a sensação de perseguição da personagem, criando progressivamente um universo sombrio e claustrofóbico, propício para transformar o absurdo em poesia.
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Filme maravilhoso, tenso, forte, suave, impactante!
Dá para fazer várias reflexões do quanto nós nos culpamos, nos maltratamos, por não respeitar e não aceitar nosso tudo, nossa completude, nosso "om".
Nosso lado sombra, como Jung falou.
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Um comentário:

Marcela Teixeira disse...

A-D-O-R-E-IIIIIIII... rsrs
Nossa um drama perfeito com sombra e persona muito evidentes.
Obrigada pela indicação.