sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Entre o rio e a razão...


Bem, num passo apressado futuro

Nem reboliço que se disse

E se dirá

Geração de palavras escritas

Num desatino que o Tejo guardará



(Entre o rio e a razão)

Mariza

Sobre o perdão...

E quem disse que tudo tem que ter razão?
O perdão chega e limpa o coração
Abre as portas para a respiração
Impulsiona a sermos mais amplos
A sermos mais

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Gostar...

"Quer saber?
Eu quero alguém para dividir
Gostar de quem gosta de mim".
(Rogério Flausino)

Meus sonhos cor-de-rosas...

Dos meus sonhos cor-de-rosa
quem sabe sou eu.
Dos meus sonhos cor-de-rosa
quem sonha sou eu.

Olhos...

Olho por olho
Dente por dente!
Sai de baixo!
Ui!!!

Cada um...


Cada um dá o que pode!

domingo, 26 de outubro de 2008

Palavras...


"As palavras não são tudo"


O pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry, 1943
...

How to take it easy?


"Take it easy,
but, if you can't take it easy,
take it easy as you can!"

"Tenha calma,
mas, seu você não conseguir ter calma,
tenha a calma que você conseguir"
...
...
"Take it easy", Duke Ellington, pianista jazzista
...

Quer pagar quanto?


Quer pagar quanto?

Certo ou errado?

Mas, o que é certo?
E o que é errado?

Balanço das horas...



"E no balanço das horas tudo pode mudar"

(Metrô)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Very very dúvidas...


Para que tantas interrogações?
De onde vieram todas elas?
Ei, xispa!
Sai pra lá!
Seria mais fácil viver no convencional

Sobre desejo...


Será que quero mesmo o que desejo tanto?

Afinal...

Afinal, o que eu quero?


quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Eu sei quem és para mim

(Gustav Klimt Love, 1895
Liebe Oil on canvas, 60 x 44 cm
Vienna, Historisches Museum)

Haja o que houver
eu estou aqui
haja o que houver
espero por ti

volta no vento
ó meu amor
volta depressa
por favor

há quanto tempo
já esqueci
porque fiquei
longe de ti

cada momento
é pior
volta no vento
por favor
eu sei,

eu sei
quem és para mim

haja o que houver
espero por ti

Madredeus - Haja o que houver

Ah, o amor...




Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente,

é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

é um andar solitário entre a gente;

é nunca contentar-se de contente;

é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;

é servir a quem vence, o vencedor;

é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor

nos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões

Ao longe o mar... Madre Deus


Porto calmo de abrigo
De um futuro maior
Inda não está perdido
No presente temor

Não faz muito sentido
Já não esperar o melhor
Vem da névoa saindo
A promessa anterior

Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar

Sim, eu canto a vontade
Canto o teu despertar
E abraçando a saudade
Canto o tempo a passar

Quando avistei
Ao longe o mar
Ali fiquei
Parada a olhar

Quando avistei
Ao longe o mar
Sem querer deixei-me
Ali ficar

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O Universo conspira...


Eu acho que vou fechar minha boquinha!

Gente, e não é que é verdade que o Universo conspira...

Eu hein... se penso, se falo, acontece...

To com medo da minha santa boca


domingo, 19 de outubro de 2008

Luca Mundaca



Outro dia, eu estava ouvindo a rádio www.smoothlounge.com/ da Califórnia, (ouço quase todos os dias no trabalho) ouvi uma voz brasileira maravilhosa, de avelã. Veja a pesquisa: (Falando nisso, esta rádio é maravilhosa e tem outra especial em jazz tb, a www.smoothjazz.com).

Sobre Luca Mundaca: "Lucas Mundaca é um exemplo clássico de um talento que merece maior reconhecimento. Abençoado som envolvente, doce, musicalidade impressionante, a paixão de sua rítmica brasileira, raízes... ela é um talento e cantando canções que deveriam ser muito mais amplamente ouvidos." -Don Heckman, no LA Times.
Mundaca é uma artista nascida no Chile, mas viveu em São Paulo, Brasil. Sua voz tem sido comparada à de Maria Rita, Adriana Calcanhoto e Marisa Monte por algumas pessoas no topo da indústria da música. Luca gravado seu álbum "Dia a Dia", no Rio de Janeiro. Duas canções fora deste álbum pode ser encontrado em compilações Putumayo World Music "Brazilian Lounge" e "Mulheres do Mundo Acústico". Com sua canção "Ha Dias", Luca ganhou o primeiro lugar no Independent Music Awards 2007 na categoria World Fusion. "Ha Dias" também foi licenciado para exibição mostrar "Californication" e do filme "O visitante", que está agendado para lançamento em março de 2008.
Olha música boa aí, minha gente!

sábado, 18 de outubro de 2008

Série: Bonequinhas de Luxo II









"Essa boneca tem manual, meu bem".
(Vanessa da Mata)

Série: Bonequinhas de Luxo




"Porque nem toda Feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem".
(Rita Lee)


O que me convém...


"Tudo me é permitido,

mas, nem tudo me convém".

(I Co 10, 23) São Paulo

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Felicidade...


Mas, o que é ser feliz?


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Procura...


"O que o homem superior procura está em si mesmo".


Lao Tsé

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Lugar de lixo é no lixo...

Incrível como temos dificuldade de colocar algumas coisas nos seus devidos lugares
Acho que no nosso coração deveríamos ter lixeiras de separação
Lixeiras recicláveis ou não
Lixeiras de plásticos, para coisas que são elásticas, moles, que podemos considerar, refazer
Lixeiras de vidros para coisas muito sensíveis, que cortam, quebram, que precisam de cuidado
Lixeiras de papéis para coisas que amassam, se desfazem, pegam fogo
Lixeiras de orgânicos para coisas que apodrecem, nos fazem mal, que estão passadas do tempo
Quanto a mim
ME CANSEI DE APOSTAR MINHAS FIXAS COM LIXOS CONSTANTES
Vou gostar de mim
E de quem gosta de mim
O resto
É resto
Vixi, deve ir para o lixo!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Procura-se um amigo... Vinícius de Moraes


Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração.

Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.

Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa.

Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor..

Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.

Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.

Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados.

Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar.

Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.

Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo.

Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.

Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.

Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.

Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.

Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.

Precisa-se de um amigo para se parar de chorar.

Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.

Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.


terça-feira, 7 de outubro de 2008

Não vou me adaptar


Eu não caibo mais

Nas roupas que eu cabia

Eu não encho mais

A casa de alegria

Os anos se passaram

Enquanto eu dormia

E quem eu queria bem

Me esquecia...


Será que eu falei

O que ninguém ouvia?

Será que eu escutei


O que ninguém dizia?

Eu não vou me adaptar

Me adaptar...


Eu não tenho mais

A cara que eu tinha

No espelho essa cara

Não é minha

Mas é que quando

Eu me toquei

Achei tão estranho

A minha barba estava

Desse tamanho...


Será que eu falei

O que ninguém ouvia?

Será que eu escutei

O que ninguém dizia?

Eu não vou me adaptar

Me adaptar...

Não vou! Me adaptar!

Me adaptar!Não vou!

Me adaptar!Não vou!

Me adaptar!...


Titãs

Vida... Chico Buarque


Vida, minha vida

Olha o que é que eu fiz

Deixei a fatia

Mais doce da vida

Na mesa dos homens

De vida vazia

Mas, vida, ali

Quem sabe, eu fui feliz



Vida, minha vida

Olha o que é que eu fiz

Verti minha vida

Nos cantos, na pia

Na casa dos homens

De vida vadia

Mas, vida, ali

Quem sabe, eu fui feliz



Luz, quero luz,

Sei que além das cortinas

São palcos azuis

E infinitas cortinas

Com palcos atrás

Arranca, vida

Estufa, veia

E pulsa, pulsa, pulsa,

Pulsa, pulsa mais



Mais, quero mais

Nem que todos os barcos

Recolham ao cais

Que os faróis da costeira

Me lancem sinais

Arranca, vida

Estufa, vela

Me leva, leva longe

Longe, leva mais



Vida, minha vida

Olha o que é que eu fiz

Toquei na ferida

Nos nervos, nos fios

Nos olhos dos homens

De olhos sombrios

Mas, vida, ali

Eu sei que fui feliz




segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Alívio imediato


Engenheiros do Hawaii


O melhor esconderijo, a maior escuridão

Já não servem de abrigo, já não dão proteção

A Líbia bombardeada, a libido e o ví­rus

O poder, o pudor, os lábios e o batom


Que a chuva caiaComo uma luva

Um dilúvio

Um delírio

Que a chuva traga

Alívio imediato


Que a noite caia

De repente caia

Tão demente

Quanto um raio

Que a noite traga

Alí­vio imediato


Há espaço pra todos, há um imenso vazio

Nesse espelho quebrado por alguém que partiu

A noite cai de alturas impossi­veis

E quebra o silêncio e parte o coração

Há um muro de concreto entre nossos lábios

Há um muro de Berlin dentro de mim

Tudo se divide, todos se separam

Duas Alemanhas, duas Coréias

Tudo se divide, todos se separam


Que a chuva caia

Como uma luva

Um dilúvio

Um delírio

Que a chuva traga

Alívio imediato

Que a noite caia

De repente caia

Tão demente

Quanto um raio

Que a noite traga

Alí­vio imediato